Projeto “Lithium Valley Brazil” conta com apoio dos governos estadual e federal e foi apresentado em evento realizado na Nasdaq.
O projeto liderado pelo governo de Minas Gerais em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME) tem como objetivo atrair investimentos internacionais para exploração do lítio na região norte do estado, que concentra a maior reserva desse mineral no Brasil.
O lítio é um mineral utilizado em muitas aplicações, além de ser considerado essencial para a transição energética, servido de base para a produção de baterias para carros elétricos – segundo estimativas da Agência Internacional de Energia, sua demanda internacional irá crescer mais de 40 vezes nas próximas duas décadas.
“Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou.
O Brasil está entre os países com maior potencial de extração do lítio, ao lado de Chile, Argentina, Estados Unidos, Canadá e Austrália. No entanto, o Vale do Lítio oferece diversos diferenciais, como um lítio de pureza alta, ao contrário da maioria dos outros países, o que facilita o uso na fabricação de baterias com maior capacidade. Além disso, a extração nacional utiliza menos água que o modelo tradicional, tornando o processo menos agressivo ao meio ambiente.
Ainda em formação, o “Vale do Lítio” já possui quatro mineradoras desenvolvendo projetos de exploração do mineral no Jequitinhonha: Sigma Lithium (Canadá), Atlas Lithium (EUA), Lithium Ionic (Canadá) e Latin Resources (Australia).
E segundo relata o portal EPBR, Ana Cabral Gardner, CEO da Sigma, afirma que a companhia tem planos de triplicar as operações em Minas Gerais.
“A escala é absolutamente superlativa. Vamos começar a fornecer lítio suficiente para abastecer 617 mil carros elétricos (…) Estamos investindo para triplicar as operações da operadora no próximo ano”, contou.
“Seremos capazes de abastecer 1,6 milhão de carros elétricos (…) O material é espetacular. É de pureza ultra alta, battery grade, e vai direto para os fabricantes de baterias, passando por um processo de refino muito fácil”, explica.
Por fim, a executiva destacou os esforços entre governo estadual e federal para impulsionar a indústria do lítio na região.